13.5.09

don't let me down, don't let me down.


Sou atraída por cheiros. Ao que eles me remetem, ao que eles me causam. Sou boa de olfato.
O que isso tem a ver, é justo aí que eu não sei. Passou uma buzina pela minha cabeça e apagou toda a ideia original. Just vanished away.

Sinto que partes do meu corpo querem desistir, e só tem uma pequena parte de mim que quer puxar o barco. Como eu gosto de ser a coitada, cade a coragem que morava aqui?
Unhas quebradas, espinhas.. calças apertadas. Aqui mora o caos (de novo). Da onde vai vir a estrela é que eu não sei.
É o fundo, o fundo do poço. Porque o que a gente passa sempre é pior do que já foi, e porque nada foi tão ruim como o presente. Arranca pedaços de você e sorrir dói.

Isto é sincero, sem maquiagem. Não há base para disfarçar a minha cara, a minha canseira e a minha frustração de nadar e nunca chegar à praia. E nada que eu faço é bom, nada presta, tudo queima e vira cinza. Pequenas e intragáveis.

Não sei o que me falta, ou se tenho algo que me excede. Na razão não dá pra mandar, pelo menos não na minha que não confia em ninguém - nem em si mesma.

Sei que vai passar, afinal tudo sempre acaba bem. É a roda da vida, todos passamos por isso e é fim.

Um comentário:

Daniel Azevedo disse...

Depois da tempestade vem a calmaria.
Não deixe as rochas levarem seu barco pra baixo. O sol está sempre ai, pra todos.

Se ja passou por outras tempestades, esta não será novidade.