25.2.09

as ondas as ondas as ondas as ondas... o sol iluminará a estrada dela.


Estou no ritmo, ainda no ritmo do peão. Para balançar, porque assim eu fico é mais feliz. Feliz é rodar por ai nas quinas e na calçada, no meio-fio e entre os teus dedos. Os seus dedos, não de outro ou outros que já fizeram o mesmo caminho na palma de minha mão. E na minha nuca, bem ali onde vai afundar meu Yelow Submarine.
É, rodei tanto que me perdi.

E eu choro (quantas vezes!) quando te vejo, logo em seguida no carro à caminho de casa. Como é terrível não saber explicar o como-nem-o-porquê. São as batidas e pestanas do violão. Lindas, mas não sei reproduzir, só meu ouvido reconhece.

Mas ah, nada tema. Agora tudo se vai, todo o tempo irá passar e não restará mais nada. Nem eu, e nem você na Liberdade. Agora sou adulta, como você falou que iria acontecer.

Perdão pela confusão e não conclusão de nada que eu disse-ou-escrevi; estou assim por dentro. Preciso que escolham as coisas por mim, que me mandem passear e mantenham o olho no que eu faço. Sinto que vou fazer tragédia, mais uma tragédia dentre tantas tragédias. Tragédia! Me perdi, me atrapalhei... quero é apagar tudo e fingir que fiz bem.

desculpem o transtorno, estamos em reforma para melhor atende-los.

20.2.09

querido diário (dois por vontade)

Cinco, seis, sete e oito e vai! (outro daqueles)

Era para sair como música, batidas roucas e a microfonia ao lado esquerdo. Então imagine: batidas roucas e a microfonia ao lado esquerdo. Repetidamente, assim da o tom. O tom, o tum e tum e tom e tum e pah!
Sem psy ou bala, porfavor. Vamos ao que interessa, que é a movimentação.

Essa é para fazer sorrir, sem drama nem-quase-meu-amor e nem nada do tipo. É para ser sincero, mas uma sinceridade alegre, aquela que faz vontade de gritar e balançar ao som da música; felicidade de rir de você mesmo pela manhã. Porque nada importa.

Não, nada importa se a cabeça não esta sã. Que se exploda o coração - pecado- e tudo que faz sofrer. É para cair na vida, mas sem band aid ou gaze. Cair no sentido de deixar levar e levar e só colocar a cabeça para fora quando faltar o fôlego, nada menos. Isso sim é viver e ser vivido!

De nada importa o coração partido, o principe perdido e as unhas descadas. Nada importa a pscicologia, a metafísica e os erros literários.

Bom dia bela manhã, o essencial é viver!

16.2.09

As unhas pintadas agora descascavam. O vermelho se esvaecia, assim como a cor de sua pele. Usava blush, assim ninguém notaria ou comentaria. Se perguntassem, era anemia, mal súbito ou até gripe; não iria assumir que era falta dele.

Era engraçado como com um olhar apenas, sua cor voltava, assim como a vontade de sair e até de ser. O pouco que se viam, ah! ela sentia que completavam-se. Então isso era o tal de amor.

Ou não, vai ver que era obsessão. Ou até carência. Ou até vício. Ou até... nada.
Mas precisava dele como suas unhas precisavam de um trato. Urgência.

Seus cabelos não eram mais vistosos, seu olhar não era mais provocante; sua boca já não era a mesma. O que não faz a falta-de-você?

Os livros não a entretiam mais, a telenovela era para os fracos. Música... só em horas de desespero, quando a mente falava mais alto que o sono. Ela precisava dormir, porque nos sonhos ela o encontrava.
Por isso, acordar era tão difícil.

Trancou-se no quarto, jogou a chave fora para dentro da boca do dração. Esperava o cavalo alvo, o principe de sempre e a sua salvação. Ah, como é lindo o faz de conta.

Lavou o rosto, olhou no espelho e viu um fantasma. Esta era ela longe do sol, longe dele. Precisava recuperar o sangue da face, das veias... do seu coração.

E quando um conto precisa de conclusão e eu não posso oferecer, assim como a vida dela precisa de motivo e este não vai aparecer. Não ainda.

Quando sua cor voltar, seu esmalte... então o conto terá fim.

11.2.09

Meu coração é pequeno para tanto,
para tudo,
para entender.

minha paciência é pequena para tanta frescura, para tanta quase-poesia, para tanto não-me-toque.

Meu coração é grande para vocês, meus queridos... e que agora eu não sei o que fazer ou resolver ou até sentir. Um grande nada, vazio e eco. E não importa o quanto eu exprema, o quanto eu lute para achar alguma coisa aqui-e-agora, ela não aparece. A solução está muito difícil de encontrar.

Meu cavaleiro de armadura brilhante é dois. Mas no fundo, não! Ele não é nenhum, é só a minha pressa em jogar as tranças para fora da janela. - meu grito!

De que me valem as mãos e o sentimento do mundo? Não sei o que fazer com nada disso, posso perde-los, doa-los... só sentirei falta quando for tarde, muito tarde.

Preciso de uma pá para cavar o que há no fundo de mim. Tirar terra, minhocas, raízes... Quero chegar ao fundo para saber do que sou feita - ou se há algo que me faça ser.

É confusão demais, pretensão demais para uma coisinha de menos. São os hormônios, a carência e a falta daquele cafuné.

Tenho nós pés um caminho, minhas pernas seguem mas eu quero ficar, eu quero ficar! me larga que eu quero ficar! aqui, do seu lado, me deixa ficar. Antes que seja tarde e eu não entenda mais nada.
Esse é o ponto de verter lágrimas, de suspiros e bochechas rosadas. É o ponto de dúvida, de ressalvas... esse é o ponto donde eu não saio.

(devaneio) Como eu sinto falta daquele cafuné...

9.2.09

querido diário

um, dois, três e vai!

ele é o tal, mil e não tem outro igual. vim aqui publicar minha frustração, não como quem escreve, mas sim como quem ama. deus, ja estou falando de amor. este mundo está perdido, ou sou eu que estou. nada sei, meu coração se inflamou e agora sei distinguir você dos outros, meu querido. sempre foi você, e não me importo de ficar aqui te esperando.

escrevo como quem escreve em seu diário, porque de outra maneira eu não sei dizer tão sincero. me perdoem a simplicidade, a falta de palavras e o jeito de quem não quer nada. eu não sei de muito, não sei o que quero para a vida, para o futuro, para a faculdade ou para a janta.

de tantas incertezas e dúvidas, você surge.
sempre com trilha sonora do ABBA, 'mamma mia, here I go again, mamma, how can I resist you?'. é gay, assim como eu sou. acho que você gosta.

como dizia, eu te espero sim. espero você decidir Machadinho... sempre serei tua Carola.

6.2.09

Sujou a barra da calça boca de sino na poça da rua. A chuva era forte, o vento ainda mais. E suas lágrimas.
Cansou do guarda-chuva (que por reforma tem hífem ou não?). Não precisava de uma nova casca, já tinha a sua... sendo de bolinhas coloridas ou não. Chuva na testa é sensacional. Faz bem para a pele e limpa a alma; me disseram que significa transformação.

Sentia calor, não de sol, mas de espírito; estava febril. Não calor lascivo ou da idade, era calor de vida. Ela queria mais que a vida.. ela queria tudo!
Não dava para abraçar a chuva. Mas dava pra se banhar nela.

O vento agora era da pressa, corria para pegar tudo, para sentir tudo... talvez se molhasse mais rápido e entenderia o porque daquilo tudo. Isso se houvesse algo a se entender.

Deus estava na chuva, mas ela não queria saber... na chuva só bastava ela mesma.

2.2.09

A moça cansou da vida, fugiu de casa e foi juntar-se ao circo.

Como era a alegria debaixo da tenda, onde tudo é entreterimento e não há espaço para o vazio. O seu vazio.

O fato é que apaixonou-se pelo mágico. Virou sua parceira ao iludir o público. Seu coração não podia mais iludir.

De certo era culpa do prórpio mágico, que a encantou naquele certo Domingo, com truques e fantasias que ela permitia-se acreditar. Como era bom.

Desde então, a vida tinha sido farra. Deixar para trás família era difícil; deixar a tristeza era mais ainda. Ela queria arriscar.

A moça é possuidora de coração leviano, não se esquecam! Passa horas a pensar em seu camarim se é-paixão-ou-não-é. Deus, porque a vida estava tão leve?

O que dizer do mágico... é misterioso. Seu olhar inspira confiança, qualquer mocinha cederia aos seus encantos. Ficar ao seu lado, mesmo pelos breves momentos de mágica, lhe valia a semana inteira. Estava ficando é mal acostumada.

Ao som dos aplausos, o mágico sumia, levando junto parte da moça.

E esperava a sua volta., não importava o quanto o mágico demorasse. Seu coração ja o pertencia. A ilusão já tinha sido feita.