30.4.09

De que lhe valia a liberdade, se escapava-lhe dos dedos como água?

Espera, eu disse isso certa vez, o que torna tudo mais clichê e vulnerável. O que demonstra que meus argumentos são fracos, não sei sustentar a minha retórica e por consequência não passarei no Vestibular. Certo, tenho que me manter dizendo isso para ver se passa.

A querida Scarllet O' Hara disse que amanha será um novo dia, e eu nem ninguém podemos dizer que não. Enquanto o sol manter seu movimento elíptico (ou será a Terra?) tudo estará bem, e a vida continua. Certo, outra frase redundante, feia e enchedora de espaço e linguiça (já dizia a minha avó - opa, eu já disse isso também).

Eu não posso mais criar, acho que estou reinventando as coisas que eu fiz, ou acho que fiz e colocando para frente. A verdade é que eu não presto, o que eu escrevo é supérfluo e não significa nada para ninguém, nem muito menos para mim. É a massagem do Ego.

hoje certamente não é um bom dia. Francamente meus queridos, eu não dou a mínima!

26.4.09

E eis que então, divagava sobre as coisas desta vida, como a cor do céu, a alergia e o amor. Aqui abro um parênteses, ( , e desabafo que não aguento ler textos apaixonados, sobre o mesmo assunto, sentimentalistas e com fru-fru. sim, coisas típicas que eu faço mas juro que digo que tento parar. e fecho o parênteses, ) . Enfim, começo.

Me abro aqui, estou apaixonada. Pela vida, pelas placas de trânsito, pelos olhares de rua, por música e por alguém que ainda não é sujeito determinado. Mas chegarei lá.
Como eu devo dividir tudo isso, toda essa vontade de amar a todos e um só?

Eu ouvia hoje o rádio e quis pensar nele, e para a minha surpresa tinha fumaça no rosto. Certos traços da linha do nosso tempo apareceram e eu sem saber sorri; ele está vivo em mim, mas só remetendo ao que é o Amor. O meu amor tem um jeito manso... que é só dele, mesmo depois de tanto tempo, das areias e do eclipse. As linhas da idade, da vida e palma da mão não se apagam... nem mesmo que eu queira.

Acho certo de que de tudo sobrou um pouco, do teu amor em mim. Pro futuro, quero o que tivemos só que em outro, mesmo sendo ele você disfarçado. As saudades que sinto são do Amor, e não do sujeito, aqui o executor da ação.

22.4.09

no rush

foda-se.

E bateu-lhe o choque, o esporro. Caiu a ficha, rodou a catraca, o próximo da fila.
A necessidade do desabafo era grande; sentia-se traído, usado, manipulado.. sujo. Mais um, outro, e outro enfim. Quem entende que se habilite, para ele já estava findo. O faz de conta terminou, era fatal que fosse assim. Chorou o que tinha para chorar, conformou-se com o que restava, recolheu os cacos e desarmou a tenda do circo.
curto e breve, como aquele momento que já era outro... e outro, e outro enfim.

20.4.09

De Saída (ou Entrada, ou Fim)

Estou aqui, de coração e mente aberta. Assumo que te espero, mas sei também que disso já falei demais. Sinto que o que eu sei fazer perde força quando é forçado, quando é preciso ou necessário. Tenho uma meta a cumprir.
De fato, tentarei me manter presente, mesmo tão longe de cabeça, corpo e até alma. É uma fase de adaptação, mas é tão longa, tão frustrante que acho que nunca vou me acostumar. Perco o sono mas não a fome, perco a vontade mas não a intenção. É complicado, volto ao caos (sim, ele mesmo).
Saibam que me esforço, mas me falta coragem... ou até uma meta. Deve faltar incentivo por parte própria, porque vivo agora de olhos fechados, com o caminho pré traçado e com passos de elefante. Quero evitar as repetições, quebrar o que me prende e sair! Mas não dá, ainda mais porque não sei conciliar os dois.
viverei dos meus poucos recursos. todo dia, recomeçarei.

13.4.09

And all I do is miss you and the way we used to be. All I do is keep the beat, and bad company... And all I do is kiss you, through the bars of a rhyme, Juliet I'd do the stars with you, anytime.





Não sei exatamente o que me acometeu, ou se de fato algo me acometeu. Deve ter sido no ônibus, ali na esquina perto de casa. Estou aprendendo a ver as coisas, esta é a verdade. Apreendendo, compreendendo. Mas enfim, foi devaneio que precedo o importante.


Se houvesse nome próprio, se o que tivemos fosse nominável eu me daria por satisfeita, mesmo sendo esta satisfação incoerente. De coerência tenho pouco, muito pouco, ainda mais nestes tempos tão duradouros e efêmeros. Me sobressai a vontade de abraçar tudo, e não há nada! Nada alcanço, já disse o Lusitano.


Na tentativa de organizar meu caos, caotizo você que é mais fácil, culpo você porque assim é que tem que ser. Assim o tempo passa, você passa e meu coração fica - ou deveria ficar.

Para exemplificar, é cômodo dizer que há um eco dentro de mim, que só ouço o que me é dito, repetidamente e... como a consciência de antigamente. Esta ali, mesmo tendo passado eras, dias ou novos sentimentos.


Acho que resumirei em Saudades de Você, o que é tolo, fútil e mimado. Estou embebida em clichês, me perdoe.

6.4.09

De repente é desespero

Acho que lhe faltava ânimo. Talvez um faz de conta, jujubas e confeti. Bexigas e até um bolo. Ou é bobagem, precisava mesmo de um cachorro-quente as 10h da manhã. Não dá pra entender.

As pestanas tornaram-se pesadas a pouco. O pescoço doído, a coluna torta. Achatada. Achatou-se. Chato enfim.

E não havia tempo para mais nada, nem correr, nem ver o céu e as estrelas, nem tomar chuva ou sorrir para a vida. Tudo era contado, entre mínimas e complementares, simulando a vida e o futuro que vem por ai e coloca medo nos que existem. Nós, o futuro!Temos medo do presente e avaliamos o passado com pesar. E se... deixe o achismo para quem disso entende e nos voltemos para o cansaço, para o pesar e para a falta de ânimo. Estávamos todos assim, com medo do amanha mas torcendo para que ele chegasse logo. O relógio batia seu tictac mudo e ressoava nos corações; cada segundo contava, cada noite era premio, cara suspiro talvez revolta! Revolta, revoltas. Em nós, neles e em tudo mais a volta.

Quero o sossego de antes, com o futuro já passado.