Agora era o fim. A moça já sabia, sabia que isso iria acontecer mais negava. Para ela, o belo rapaz ainda apareceria com flores e uma bela desculpa. Claro que ela aceitaria, mesmo sabendo que depois, ela é que não se aceitaria.
Pois sim, era o fim. Por carta, o rapaz não tivera coragem de faze-lo ao vivo e em lágrimas. Se o tivesse feito, era bem capaz de ainda estarem juntos, mesmo tão distantes.
Fazia tempo que ele não passava em sua janela, em nehuma das milhares que tinha a escolher. Ela sentira falta, mas aparecia com desculpas para justificar a ausência do bem-amado. Para quê enganar a sí mesma? Os outros já sabiam, menos ela. Era cega pois não queria ver.
Enfim viu. Este era o fim de sua espera. Uma espera que levou ao vazio, mas um vazio que doia menos. Agora tinha porque chorar. As palavras faltavam, as lágrimas cobriam as lacúnas. Estava oficialmente só, como não queria ver antes.
Não se sabe o destino do rapaz. No fundo, a moça ainda cultiva a sua esperança, tão pequena e frágil. Ela queria acreditar no melhor das pessoas. Um dia ele iria voltar para ela.
Nossa moça porém estará em outra janela, de outra casa, de outro tempo.
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2 comentários:
eu gosto muito como vc escreve com tanta simplicidade de vocabulário e linguagem. ao contrário do que se acharia, tem uma profundidade incrível.
sempre te admirando...
sempre ao teu lado =]
Tudo se resolve com um baile funk.
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