11.1.09

eu não sei explicar mas isso vem do nada e me sufoca e me agonia. sobe e sobe e escapa em lágrimas. acho que é amor, ou não. o que eu sei afinal? só da morte.
clichê.

porque é bom e doloroso, e é nescessário e tão descartável que me da dó joga-lo fora. porque me é precioso, como pequeno cacareco em cima do criado-mudo. aquele que quebra tão facilmente, junta poeira mas é único. protege-lo é como proteger a si mesmo.
dói.

mais lágrimas. escorrem no rosto tão habitualmente que cavam sulcos. como rio seguindo teu mesmo caminho. nunca são as mesmas águas, não são as mesmas lágrimas. e levam para o mesmo lugar. você sem mim.
como eu espero a seca.

Um comentário:

Julio disse...

e depois de um tempo a gente percebe como pode ser divertido observar em nós mesmos os fluxos da dor e da felicidade, e perceber que as coisas ondulam, e não são momentos únicos como todos acreditam ser.