a noite foi boa, os passarinhos já tinham ido dormir fazia tempo. O tic-tac do relógio dizia que estava com sono, sono, sono... Mas não desgrudava os olhos do teto, da janela e das sombras.
Ele dormia ao seu lado. Era o sono dos justos, ou quem sabe dos de sorte. Fazia tempo que ela não dormia assim, aquele sono pesado e embalado. Tinha saudades do tempo de menina, quando sua mãe vinha ao quarto dizer Boa Noite e então tudo se apagava. Isso sim que era sono pesado!
Agora era diferente. O sono era visita rara, convidado ilustre que nunca faz presença. Era engolida pela sua mente e então se entregava as digressões.
Seria ele, aquilo mesmo? O escolhido, o bem-amado. Seria ele o Don Juan, seu Romeu?Ah! como ela gostava de inventar problemas, devia era ficar sem ele para aprender a dar valor aquilo que lhe mais valia. Nunca se dava por satisfeita, por realizada. Uma pena viver assim, sempre querendo mais sem saber o que na verdade importa!
Sendo ela, eu acho que é o amor. Se você sente, é isso então. Só sorrir que o sono vem.
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Um comentário:
E como ela gosta de inventar problemas...
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